Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia

Sumário

 

Neoplasias

Introdução Anatomia
Etiologia Diagnóstico
Nomenclatura Crescimento secundário
Classificação

ANATOMIA

anatomia das neoplasias pode ser estudada tanto em nível macroscópico quanto microscópico. Já falamos alguma coisa a respeito em classificação das neoplasias, pois o critério morfológico é um dos indicadores para a classificação prognóstica.

 

Leiomioma de útero, neoplasia benigna de tecido muscular liso, o qual apresenta massas esféricas e bem delimitadas.

As seguintes características podem ser analisadas para o diagnóstico dos processos neoplásicos:

MACROSCOPIA

a) volume: pode ser microscópico ou ocupar o órgão inteiro; o volume da neoplasia não é indicativo de prognóstico (se benigno ou maligno), pois depende do tipo de tecido e de sua localização. Os carcinomas ditos in situ, por exemplo, geralmente são microscópicos e restritos dentro do epitélio e já são considerados malignos.

b) forma: os benignos tendem a ser esféricos e com limites bem definidos; os malignos, por sua vez, têm limites indefinidos e formato bem irregular.

 

Neoplasia maligna metastática (AC) em pulmão. Vemos que a massa tumoral apresenta coloração bem diferente em relação ao pulmão, bem sua consistência é mais fibrosa. As metástases em geral costumam ser mais delimitadas, apesar de malignas.

c) superfície: as neoplasias podem ter superfície lisa, ulcerada, necrótica, granulosa ou papilar, dependendo do tecido e da forma de crescimento. As neoplasias malignas, por exemplo, principalmente as epiteliais de revestimento, aparecem muitas vezes ulceradas.

d) cor: variações de cor podem ser vistas, por exemplo, em decorrência de hemorragias ou de necrose no tecido neoplásico. No caso de crescimento secundário (metástases), o tecido neoplásico pode ter cor do seu tecido de origem.

e) consistência: em geral, os tecidos neoplásicos têm consistência mais firme do que o tecido no qual está localizado.

 

Detalhe de uma lâmina de adenoma pleomórfico (neoplasia benigna de glândula salivar) (HE, 200X). Essa neoplasia tem como característica originar diferentes tipos de estroma. Este que vemos é bastante escasso. As setas apontam as células tumorais, as quais estão formando ductos de glândula. Em outros pontos do tumor, o estroma é bem hialinizado.

MICROSCOPIA

a) parênquima: as células neoplásicas benignas, como já dissemos na classificação prognóstica, é indistinguível da célula normal, com exceção do padrão tecidual que gera, o qual difere do normal. Já a célula neoplásica maligna apresenta modificações significativas com relação à célula normal, as quais também já foram ditas na classificação prognóstica.

b) estroma: o tecido de sustentação da neoplasia em geral não está alterado (não apresenta graus de anaplasia, ou seja, de desdiferenciação). Pode ser escasso ou exuberante, dependendo do tipo de tecido neoplásico.

 

Pela análise da anatomia das neoplasias, juntamente com outros exames complementares, é possível se chegar ao seu diagnóstico.

 

Sumário

Classificação das neoplasias

Diagnóstico das neoplasias


Copyright©  2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.