Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia |
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Leitura complementar EFEITOS
DA ISQUEMIA SOBRE |
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principal conseqüência da isquemia para os tecidos atingidos é a hipóxia ou
a anóxia, ou seja, a deficiência parcial ou total de oxigênio,
respectivamente. A carência de oxigênio provoca alterações diretas nas
mitocôndrias, o que ocasiona da diminuição da fosforilação
oxidativa e, conseqüentemente, dos níveis de ATP. A queda dos níveis de
ATP compromete totalmente o sistema de produção
protéica celular e a bomba de sódio e
potássio, aumentando os níveis de cálcio e levando à
tumefação celular. Até aqui, os danos são reversíveis.
Com a persistência da isquemia, ocorre uma vacuolização das mitocôndrias, as
quais podem ser vistas, segundo Cotran et al. (1996),
30 a 40 min após a isquemia em tecidos como o miocárdio, por exemplo. Nesse
estágio, instauram-se eventos de lesão celular
irreversível, atuando principalmente nas membranas. Há uma perda contínua
de proteínas, enzimas e ácidos ribonucléicos (RNA), essenciais para a
célula. Membranas lisossômicas são rompidas, levando ao extravasamento das
enzimas lisossomais para o citoplasma. Essas enzimas provocam digestão
enzimática dos componentes celulares, ocasionando a morte celular por
autólise. Portanto, a isquemia provoca lesões reversíveis e irreversíveis,
as quais são devidas principalmente a alteração dos níveis de ATP e de
cálcio. Este é um importante mediador das alterações bioquímicas e
morfológicas que levam à morte celular, vinculada diretamente ao dano nas
membranas celulares.
O parênquima de um órgão é mais susceptível às alterações dos níveis de oxigênio do que o estroma, pois este possui metabolismo mais baixo. Ao exame microscópico, observa-se que o estroma mantém-se intacto mediante à isquemia (Guidugli-Neto, 1997).
Sumário
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2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada
por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.
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