Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia |
Leitura complementar 34 |
Leitura complementar AS CÉLULAS INFLAMATÓRIAS |
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sangue é composto por plasma, hemácias, plaquetas e leucócitos, sendo que os dois últimos são de grande importância na inflamação. As plaquetas são anucleadas e constituídas por restos citoplasmáticos de células gigantes da medula. Ela é importante por poder liberar serotonina, um mediador químico que aumenta a permeabilidade vascular.
Os leucócitos são divididos em dois grupos, o das células que possuem granulações específicas visíveis por ação de corantes especiais em seu citoplasma (denominados de granulócitos) ou com várias formas de núcleo (polimorfonucleares), e o das que possuem granulações, porém essas não são visíveis com o auxílio desses corantes, agranulócitos. No primeiro grupo temos neutrófilos, eosinófilos e basófilos e, no segundo, linfócitos e monócitos. Esses últimos são também considerados mononucleares, ou seja, seus núcleos possuem forma constante, invariável.
Os neutrófilos possuem um núcleo com 3 a 5 lobos e granulações específicas pequenas. São importantes na defesa do organismo contra os microrganismos pois, quando em substrato sólido, emitem pseudópodos que fagocitam o invasor, formando um vacúolo onde serão liberados os grânulos de enzimas digestivas, ocorrendo a destruição do invasor. Os eosinófilos possuem núcleo bilobulado e granulações grandes; sua função é a mesma da dos neutrófilos, porém eles não fagocitam o invasor e, para matá-los, liberam o conteúdo dos grânulos no meio extracelular. Os basófilos possuem núcleo volumoso, seus grânulos são bem grandes e contêm histamina e fatores quimiotáticos para neutrófilos e eosinófilos.
O citoplasma do linfócitos é escasso , sendo que o seu núcleo ocupa praticamente toda a sua área. Apesar da morfologia semelhante, os linfócitos são muito diferentes entre si devido às proteínas que se localizam na membrana. Temos, por exemplo, os linfócitos B, que fazem secreção de anticorpos, e os linfócitos T, que facilitam essa secreção. Para diferenciarmos os linfócitos teríamos que fazer uso de técnicas imuno-histoquímicas. Os monócitos têm o núcleo ovóide e excêntrico, com cromatina frouxa e dois ou três nucléolos indentificáveis. Essa célula, enquanto está circulante no plasma, passa por um processo de maturação. Quando essa maturação está completa, ela atravessa a parede de capilares e vênulas e transforma-se no macrófago, célula com grande capacidade fagocitária.
(Texto produzido com a colaboração da aluna de graduação Thaís Acquafreda)
Sumário
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2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada
por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.
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