Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia |
Leitura complementar 19 |
Leitura complementar O MECANISMO DE COAGULAÇÃO (HEMOSTASIA) |
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iante
de uma lesão na parede vascular, há exposição do tecido subendotelial, que
entra em contato com o sangue. Imediatamente, as plaquetas aderem-se ao colágeno
ou à membrana basal exposta, formando o tampão ou o trombo plaquetário. A
massa plaquetária, apesar de aumentar e de se organizar, é ainda instável e pode
ser arrastada pela corrente sanguínea, diluindo-se.
Todo esse
mecanismo de coagulação (existe a via intrínseca e a extrínseca; a figura
acima representa parte da via intrínseca; a via extrínseca é relacionada à
estimulação dessa cascata por intermédio de estímulos teciduais,
particulares a cada tecido) visa a obtenção da fibrina, proteína que confere
ao local alto grau de adesão dos elementos existentes. Quando
o trombo atinge um certo tamanho, há deposição de fibrina e de leucócitos,
originando uma massa celular compacta, fibrosa e áspera, que permite mais
agregação de plaquetas, depois de fibrina e hemáceas, e assim por diante. Com isso, o
mecanismo de coagulação completa-se, selando novamente a parede endotelial e não
permitindo a saída de sangue do sistema circulatório. Refeita a parede lesada,
com reposição da sua arquitetura original, uma outra cascata de ações é
ativada, com atividades fibrinolíticas (com ação principalmente sobre a
fibrina, tentando a quebra dessa proteína e acabando com o sistema de adesão) agindo para eliminar o coágulo e
promover uma circulação sanguínea livre.
A trombose nada mais é do que a exacerbação do mecanismo de coagulação com o seu controle fibrinolítico alterado, levando à formação de uma massa granulosa, seca e opaca como produto final, ao contrário do coágulo, que tem superfície brilhante e úmida, estrutura homogênea, é elástico e não adere à parede vascular ou cardíaca. Em autópsias, por exemplo, às vezes é necessário fazer uma distinção meticulosa entre ambas as massas plaquetárias, tal a semelhança entre os seus mecanismos geradores, porém, com significados clínicos discrepantes.
Sumário
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2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada
por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.
Hiperemia