Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia

Sumário

 

Alterações circulatórias

Classificação das alterações circulatórias e particularidades de cada uma delas.

Apresentação Trombose Infarto
Edema Embolia Hemorragia
Hiperemia Isquemia Choque

HEMORRAGIA 

 

 

 

“Saída do sangue para fora da luz dos vasos”.

 

Hemorragia externa decorrente do rompimento de vasos sangüíneos devido a trauma (batida). Observe a diferença entre o sangue coagulado (mais escuro) e o sangue vivo decorrente do fluxo hemorrágico. Essa distinção às vezes é útil para o reconhecimento de sangue proveniente de coágulo e o do sangue proveniente de hemorragia.

 s hemorragias podem ser classificadas, segundo Guidugli-Neto (1997), quanto à sua origem (capilar, venosa, arterial ou cardíaca), visibilidade (externa - quando o sangue é visível clinicamente; interna - não é visível) e quanto ao volume (petéquias - pequenas manchas; equimoses - áreas mais extensas; hematoma - coleção de sangue, em geral coagulado, localizada em cavidade neoformada; púrpura - empregado para hemorragias espontâneas; apoplexia - efusão intensa em um órgão, em geral, o sistema nervoso central). Conforme o local, as hemorragias recebem terminologia específica (por exemplo, epistaxe - sangramento do nariz; hemartrose - sangue em uma articulação).

 

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Hemorragia extensa em região intra-óssea (TO) (mandíbula). Apesar de extensa, essa hemorragia não ocasionou maiores problemas sistêmicos. Esse extravasamento de hemáceas foi decorrente de invasão neoplásica no tecido ósseo (HE, 200X).

A patogenia da hemorragia se relaciona principalmente com a parede vascular. A passagem dos elementos sangüíneos através dessa parede (mecanismo denominado de diapedese), devido a descontinuidade desta (denominada rexis, que significa "rotura") ou sua erosão (diabrose, que significa "dia = através; brosis = perfuração"), constitui a etiopatogenia do processo hemorrágico. O aumento da permeabilidade vascular sem lesão prévia também pode provocar a saída de hemáceas para fora do sistema vascular.

 

 

 

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Hemorragia (H) em tecido pulmonar. Observe como os vasos sangüíneos (V) estão congestos, o que pode provocar o aumento da pressão sangüínea local. Veja que, com a saída de hemáceas, também há a saída de líquido (L) para fora do vaso, ocupando os espaços aéreos (HE, 400X). Essa hemorragia foi decorrente de tromboembolia.

As causas da hemorragia incluem traumas (mecânicos ou físicos), aumento da pressão intravascular, doenças na parede vascular (por exemplo, aneurismas, ou seja, adelgaçamento da parede vascular, e invasão neoplásica) e diáteses hemorrágicas (tendência à hemorragia em múltiplos tecidos) devido a alterações no mecanismo de coagulação ou por defeito da parede vascular.

 

 

 

 

 

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Hemorragia (H) intraparenquimotosa no cérebro. Observe que se trata de um hematoma, devido à organização e o aspecto de coágulo que aparenta. Esses hematomas surgem a partir do rompimento de pequenas artérias ou de um aneurisma. Provocam alterações neurológicas (cefaléia, confusão) devido a compressão do tecido adjacente.

Se a perda de sangue for local e não envolver órgão vitais, as hemorragias não possuem maiores significados clínicos; a massa sangüínea é reabsorvida sem grandes complicações. Dependendo da extensão, podem causar pigmentação endógena ou até mesmo fibrose cicatricial. Se, por outro lado, a hemorragia for sistêmica, pode originar o choque hemorrágico. Este é causado por uma diminuição do aporte sanguíneo periférico devido a perda excessiva de sangue. Perdas que envolvam mais que um terço do volume sangüíneo corpóreo (cerca de 1,5 a 2 litros) podem levar à morte. É importante acrescentar que, dependendo da localização, pequenas hemorragias podem gerar efeitos clínicos mais graves, como é o caso das hemorragias cerebrais.

 

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Sumário

Infarto

Choque


Copyright©  2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.