Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia

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Leitura complementar 30

Leitura complementar


AS BARREIRAS EXTERNAS DE DEFESA

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 s barreiras externas de defesa constituem o primeiro obstáculo que um agente agressor tem que enfrentar para atingir os tecidos susceptíveis à sua invasão. Essas barreiras incluem, no homem, principalmente os revestimentos cutâneo e mucoso, o quais promovem uma camada cuja proteção é, inicialmente, mecânica; isso quer dizer que a camada de queratina dessas estruturas atua como uma barreira física contra as agressões. Algumas formas de defesa do corpo humano são de outra natureza, como por exemplo as de origem nervosa, ou seja, os reflexos humanos de fuga, de deslocamento imediato, de contração vascular (isquemia) etc. Há também defesas químicas, representadas principalmente pelas pigmentações. A pigmentação melânica é um exemplo, aumentando de quantidade quando há agressão da luz solar; a própria pigmentação da íris do olho é uma barreira contra o excesso de luz.

No revestimento cutâneo, além da camada de queratina, encontram-se os anexos cutâneos: os pêlos protegem contra as variações externas de temperatura e funcionam como um obstáculo à penetração de partículas do meio exterior, essa última ação sendo importante principalmente na região de mucosas (nasal e ocular); as glândulas, tanto sudoríparas quanto sebáceas, por intermédio de suas secreções, impedem que agentes biológicos tenham livre acesso à penetração; além disso, essas secreções conferem um pH baixo à pele, fazendo com que esta fique resistente a alguns patógenos; a própria flora natural que habita essas glândulas também exerce um papel de defesa, mantendo a ecologia local.

Nas mucosas não se encontram anexos como na pele, mas ela possui cílios em sua estrutura que funcionam como os pêlos, ou seja, pela movimentação ciliar há a expulsão de partículas externas, impedindo a penetração destas nos órgãos frágeis (como o pulmão, por exemplo, que possui uma barreira eficiente na mucosa nasal e por todo o trato respiratório). O muco constitui a principal barreira das mucosas, pois mantém a umidade do local e faz com que haja menos atrito entre os corpos (como do bolo alimentar no trato digestivo); além disso, faz com que os microorganismos fiquem aglutinados, o que facilita a ação de limpeza dos cílios. A principal ação do muco reside em seu poder bactericida, ou seja, de eliminação de bactérias. Esse poder é atribuído pelos seguintes fatores: pH baixo; presença de enzimas proteolíticas, capazes de destruir microorganismos; e presença de anticorpos. A saliva, que pode ser entendida como o "muco" da cavidade bucal é rica em anticorpos e possui um sistema de controle do pH local bastante eficiente (tamponamento salivar), o que impede a proliferação de bactérias. Vale dizer que a mucosa bucal não possui cílios, o que faz com que a ação de proteção da saliva seja essencial para a defesa local. 

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Apresentação da inflamação

Momentos da inflamação


Copyright©  2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.