Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia |
História da Patologia |
Breve relato da formação da estrutura celular e abordagem desta e
HISTÓRIA DA PATOLOGIA EM FASES |
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idaticamente, a Patologia tem sua história dividida em fases. Estas nada mais são do que a descrição dos conceitos utilizados para explicar a origem dos estados de doença vigentes em um determinado intervalo de tempo e segundo a corrente filosófica predominante. | ||
Na atualidade, pode-se relacionar essa fase às explicações ou pesquisas feitas sobre a hidrodinâmica corpórea, estudo direcionado às observações sobre os movimentos e as alterações qualitativas e quantitativas dos vários líquidos do corpo, em estados de doença ou de saúde. Esse tópico é considerado principalmente em Fisiologia, Histologia ou Bioquímica, mas praticamente todas as áreas abordam esse tópico. |
A Fase Humoral (Idade Antiga - final da Idade Média) O mecanismo da origem das doenças era explicado, nessa fase, pelo desequilíbrio de humores. Os humores eram considerados os líquidos do corpo, em particular, a água, o sangue e a linfa. Os deuses tinham o poder de controlar esse desequilíbrio, bem como de restituir a normalidade do organismo. Essa visão mítica de doença foi criada principalmente pela civilização antiga grega. |
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Hoje, a Fase Orgânica relaciona-se diretamente à Anatomia. Para estudos em Patologia, criou-se a Anatomia Patológica, que envolve observações macroscópicas e microscópicas de orgãos alterados. |
A Fase Orgânica (séc. XV - XVI) Nessa época, há o predomínio da observação dos orgãos do corpo, feita principalmente às custas das atividades de necrópsia (estudo do cadáver) ou de autópsia (estudo de si mesmo). |
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A Histologia e a Fisiologia são as matérias atuais relacionadas a essa fase. Mais detalhadamente, os estudos sobre os tecidos preocupam-se, principalmente, com os mecanismos fisiológicos intercelulares, envolvendo também observações sobre o interstício. |
A Fase Tecidual (séc. XVI-XVIII) A Fase Tecidual enfatiza a estrutura e a organização dos tecidos. É nesse período que se iniciam os primeiros estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e suas relações com os desequilíbrios funcionais. |
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Os estudos de Citologia e Histologia estão diretamente baseados nas pesquisas da Fase Celular, sendo consideradas ainda as matérias principais envolvidas com os estudos morfológicos relacionados aos estados patológicos, área reservada, hoje, à Histopatologia. |
A Fase Celular (séc.XIX) Com o predomínio da visão morfológica, somada à aplicação do microscópio óptico às pesquisas médicas, segue-se a Fase Celular, período considerado "inicial à Patologia Moderna". A preocupação com o estudo da célula, principalmente de suas alterações morfológicas e funcionais, é determinante na busca da origem de todo processo mórbido. |
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A Fase Ultracelular (séc. XX) A Fase Ultracelular é a fase atual do pensamento conceitual sobre Patologia, envolvendo conceitos sobre biologia molecular e sobre as organelas celulares. Os avanços bioquímicos e a microscopia eletrônica facilitam o desenvolvimento dessa linha de estudo. |
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Sendo a preocupação dos estudos em Patologia centrada em explicações moleculares, retornamos ao início da História da Patologia, em que se dissertou sobre a gênese celular por intermédio de teorias sobre as principais "moléculas da vida". Houve, no decorrer dos diferentes períodos citados, um direcionamento das observações humanas para um mundo cada vez mais microscópico, culminando com a fase atual. O pensamento filosófico sobre Patologia engloba, pois, escalas dimensionais extremamente variáveis, desde o átomo até o homem como um todo, podendo-se estender essa escala até mesmo para sociedade. Pretende-se, assim, no decorrer desta apostila, apontar, sempre que pertinente, os diferentes conceitos envolvidos em algumas dimensões determinadas, o que se traduz pela abordagem das diferentes ciências relacionadas em cada fase histórica.
Da célula à Patologia |
Copyright© 2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.