Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia

Sumário

 

Neoplasias

Introdução Anatomia
Etiologia Diagnóstico
Nomenclatura Crescimento secundário
Classificação

CLASSIFICAÇÃO

 

xistem critérios de classificação para as neoplasias conforme os padrões de comportamento destas (se agressivas ou não). Esses critérios dizem respeito À CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICA, pela qual,  basicamente, as neoplasias podem ser divididas em BENIGNAS ou MALIGNAS. Dentro dessa classificação, esses dois tipos possuem características macroscópicas e microscópicas peculiares:

 

Classificação prognóstica das neoplasia em benignas ou malignas conforme a macroscopia. À direita vemos uma neoplasia benigna (fibroma em útero), em que se nota aumento de volume do órgão como um todo (crescimento expansivo), sem alteração de superfície; a coloração está meio alterada (mais esbranquiçada, em decorrência do acúmulo de fibras colágenas). À esquerda vemos um carcinoma em fígado, uma neoplasia maligna. Olhe como é irregular a distribuição do tecido neoplásico (mapeamento), parecendo infiltrar-se no tecido hepático (crescimento infiltrativo e expansivo). A superfície é mais rugosa e também há alteração de cor.

CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS MACROSCÓPICAS

 
Critérios Neoplasias benignas Neoplasias malignas
velocidade de crescimento lenta rápida
forma de crescimento expansiva  expansiva e infiltrativa
crescimento a distância (metastáses) ausente presente

Neoplasia benigna de tecido nervoso periférico (HE, 400X). As células são bastante semelhantes entre si e também em relação às células nervosas normais. Surge somente um padrão tecidual diferente, uma distribuição e disposição novas das células.

CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS MICROSCÓPICAS

Os tumores benignos apresentam suas células semelhantes às do tecido de origem. Seus núcleos não estão alterados, ou seja, a célula neoplásica é indistinguível da normal. Porém, há formação de um arranjo tecidual diferente que segue os padrões de formação citados anteriormente.

 

Neoplasia maligna epitelial, exibindo hipercromatismo (setas), células de tamanhos e formas variados (pleomorfismo), vacuolização no citoplasma e alteração da relação núcleo-citoplasma. Mitose atípica é vista no centro do campo.

As neoplasias malignas apresentam células com núcleos alterados: há irregularidades na forma, tamanho e número; podem surgir mitoses atípicas, hipercromasia nuclear (=grande quantidade de cromatina), pleomorfismo (variados tamanhos e formas de núcleo e da célula como um todo) etc. O citoplasma dessas células pode ter a relação núcleo/citoplasma alterada. Essas características microscópicas são consideradas índices de atipia.

 

Adenocarcinoma, neoplasia maligna do epitélio glandular (HE, 100X).. À esquerda vemos o tecido neoplásico e, à direita, o tecido normal. Veja a diferença de padrão tecidual.

Além da classificação prognóstica, existe a CLASSIFICAÇÃO HISTOGENÉTICA das neoplasias, que tem como critério o tecido de origem. Comentamos alguma coisa na nomenclatura das neoplasias. Basicamente, as neoplasias dentro dessa classificação podem ser:

EPITELIAIS

a) do epitélio de revestimento: as benignas são denominadas "papilomas" e as malignas, "carcinomas";

b) do epitélio glandular: as benignas são denominadas "adenomas" e as malignas, "adenocarcinomas".

 

Osteossarcoma, neoplasia maligna óssea, em mandíbula (HE, 400X).. Vemos nesse campo possivelmente osteoblastos desdiferenciados, com intensa atipia.

MESENQUIMAIS

a) não-hematopoiéticas: incluem todas as células mesenquimais não derivadas do tecido hematopoiético (sangüíneo). As benignas recebem o nome segundo o tecido de origem seguido do sufixo "oma"; as malignas recebem a terminação "sarcoma".

b) hematopoiéticas: incluem as células que são exportadas para o sangue (principalmente com relação aos glóbulos brancos). A grande maioria tem comportamento maligno; quando há formação de massas distinguíveis, chamamos de "linfoma", "plasmocitoma" etc.; quando há exportação de células tumorais da medula diretamente para o sangue, dizemos "leucemia".

 

Observe que a classificação prognóstica aparece sempre acompanhada da histogenética. Às vezes, não é possível estabelecer a origem da célula, tal é o grau de desdiferenciação que ela apresenta. Em outros casos, ainda, o estabelecimento da classificação prognóstica também é dificultoso, dada a complexidade de critérios de benignidade e malignidade, os quais variam de tecido para tecido.

 

Sumário

Nomenclatura das neoplasias

Anatomia das neoplasias


Copyright©  2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.