Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia

Sumário

 

Inflamação

Apresentação

Fenômenos exsudativos

Conceitos

Fenômenos celulares

Momentos da inflamação

Fatores que alteram a inflamação

Fenômenos irritativos

Classificação das inflamações

Fenômenos vasculares Inflamação crônica e granulomas

FENÔMENOS VASCULARES

 

 

Detalhe da microcirculação de dente de cão. Vemos aqui uma vênula em anastomose com uma arteríola, ou seja, é a região da microcirculação em que há contato entre o sangue venoso e o arterial. É nesse nível de dimensão que os fenômenos inflamatórios acontecem, cuja exacerbação pode levar à Tríplice Resposta de Lewis, ou seja, aos sinais clínicos da inflamação.

 

fase vascular reúne todas as transformações ocorridas na microcirculação do local inflamado. Isso ocorre após alguns minutos do início da ação do agente flogístico, intervalo em que se processa a liberação dos mediadores químicos.  

As modificações vasculares incluem alterações no leito vascular e no fluxo sanguíneo, o que origina diferentes formas de hiperemia, estas moduladas pela intensidade do agente agressor e pelos graus de resposta do tecido. Acompanhando a hiperemia vêm a isquemia e o edema, outras duas formas de reações vasculares. Esses três fenômenos, juntos, formam um conjunto de respostas vasculares imediatas à presença do estímulo agressor, sendo esse conjunto denominado de Tríplice resposta de Lewis. Em termos macroscópicos, assim, imediatamente após a agressão, observa-se inicialmente uma zona esbranquiçada (isquemia), a qual é substituída por uma zona avermelhada ou eritema (hiperemia) ao redor do local agredido; mais tardiamente, surge aumento de volume local (edema). O mecanismo dessa resposta pode ser o seguinte:

 

Ver leitura complementar sobre a
o experimento de Lewis

 

1) Isquemia transitória: devido à constrição arteriolar oriunda de um reflexo axo-axônico local provocado pelo estímulo agressor; há parada do fluxo sangüíneo e, conseqüentemente, o local fica esbranquiçado.

2) Hiperemia: arteriolar ou ativa: após a contração e a parada de circulação sangüínea, o fluxo é restabelecido, sendo os capilares totalmente preenchidos por sangue; essa reação na microcirculação, aliada à parada da estimulação simpática vascular, o que resulta em uma vasodilatação arteriolar por toda rede microcirculatória local, leva ao aparecimento do eritema (zona avermelhada); venular ou passiva: dilatação das vênulas mediada por estimulação farmacológica, principalmente histamínica, com posterior exsudação plasmática e edema.

Veja leitura complementar sobre
 
os efeitos sobre a microcirculação na inflamação

3) Edema: devido ao aumento da pressão hidrostática e da permeabilidade venular, provocando perda de água e eletrólitos e diminuição da velocidade sanguínea. Será mais bem estudado na exsudação plasmática.

Essa tríplice resposta é desencadeada por reflexos nervosos locais provocados pelo agente inflamatório. A hiperemia e o edema são mantidos por mais tempo devido à ação da fase irritativa, o que leva à fase exsudativa. Portanto, seguinte a uma reação puramente nervosa (elétrica), tem-se uma reação farmacológica.

 

Sumário

Fenômenos irritativos

Fenômenos exsudativos


Copyright©  2000, Disciplina de Patologia Geral do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Página confeccionada por Luciana Corrêa. Qualquer dúvida, contacte-nos.